terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Episódio 712: Um teste para o Dawson, uma prova para o Pacey


Em Capeside. Dawson de pé, ao telefone na sala dos Leery.
Jack: - É uma espécie de mini-curso, Dawson. Você passará um dia ensinando aos garotos um pouco de tudo que você sabe sobre cinema. Você escolhe como dará a aula, tanto pode ser aula teórica numas das salas de aula da High School, como uma aulinha prática pelas locações de dentro do colégio.
Dawson: - Nossa! Que boa idéia Jack. Uma novidade muito positiva para os alunos daquele colégio. Pena que isso só esteja acontecendo agora, pois teria sido muito útil para mim na nossa época.
J: - Pois é, estamos inserindo novos projetos para esse novo ano letivo. E essa Feira Cultural será um deles. Terão também outros cursos acontecendo nesse mesmo dia. Aulas de dança, de circo e tantos outros. Quer dizer então que posso contar com você?
D: - Vou adorar ser voluntário. Pode confirmar minha aula de cinema. A gente se encontra na diretoria do High School sábado pela manhã.
J: - Ok, Dawson. Valeu!

Abertura de Dawson’s Creek – 7ª temporada. Música: I don’t want to wait.

O sábado amanhece ensolarado. Pacey acorda com a Andie o chacoalhando.
Andie: - Acorda Pacey! Acorda! Senão perderemos a hora!
Pacey (se remoendo na cama): - Não enche, mãe!
A: - Mãe? Acorda garoto! Sua prova!
P: - Droga! – pula da cama, lembrando da prova.
Ele levanta e corre para o banheiro. Após o rápido banho encontra a Andie calmamente sentada à mesa redonda posta com o café da manhã.
P: - Você não estava com pressa?
A: - Tudo sob controle, Pacey. Venha cá e coma alguma coisa. Não pode ir fazer a prova com o estômago vazio. – morde um pedaço da torrada.
P: - Quer dizer que aquele escândalo todo foi pra nada? McPhee eu vou te matar!
A: - Senta aqui e cala a boca, Pacey Witter. Temos alguns minutos ainda para uma boa refeição e uma revisão das matérias.
Pacey faz careta para ela, enquanto põe geléia de morango na sua torrada. Andie apenas sorri animada para ele.

Dawson chega à High School onde encontra o Jack organizando as fichas de inscrições dos alunos. Os dois arrumam a sala de aula, põem as carteiras em um grande semicírculo e a tela branca sobre a lousa. Testam o projetor e esperam os alunos, que estão chegando pouco a pouco. Uma garota de cabelos num tom vermelho alaranjado foi uma das primeiras a chegar. Seu corpo era um pouco mais desenvolvido que os das outras adolescentes do colégio. Susan tinha um rosto delicado, mas com fortes expressões de mulher já feita. E seus logos cachos caiam sobre suas costas presos num rabo-de-cavalo. Sua chegada chamou a atenção não só dos garotos e garotas, como também a do Jack e Dawson.
Susan: - Bom dia. Aqui é a turma de Cinema?
Jack: - S-sim. Já está inscrita?
S: - Claro. Susan Morgan. - responde ao Jack, encarando o Dawson.
Jack e Dawson se entreolham espantados. Dawson sorri com a ironia.
Dawson: - Seja benvinda, Susan.
S (olhar sensual): - Você é o Dawson Leery, não?
D: - Sim.
S: - Então meu dia promete.
Ela se retira e vai rebolando para uma carteira no centro da sala. Dawson arqueia uma sobrancelha e balança a cabeça pro Jack.
J: - Boa sorte, cara!
D (sorrindo): - É, acho que vou precisar.

Andie e Pacey entram no carro e enquanto ela dirige e pergunta algumas questões de um questionário do qual andaram estudando para a prova, ele vai respondendo freneticamente.
Andie: - Muito bem, Paceeeey! – sorrindo feliz – Você respondeu todas corretamente.
Pacey: - Ainda assim, estou nervoso.
A: - Você vai conseguir. – estaciona o carro numa vaga ao lado do prédio da pequena Universidade Comunitária de Capeside.
Os dois se olham ainda dentro do carro. Andie solta o volante e tira o sinto de segurança. Vira-se para o Pacey.
A: - Faltam quarenta minutos ainda.
P (olhando o relógio de pulso): - Acho que preciso ir entrando.
A: - Documentos?
P: - Ok, estão no bolso. – tremendo.
A: - Você precisa relaxar. Vem cá... – puxa o braço dele e o abraça – Vai dar tudo certo.
Pacey aperta calorosamente a amiga no abraço e então a olha, segura uma mão dela.
P: - Obrigada pela força, McPhee.
Ele abre a porta e sai do carro. Andie coloca a cabeça para fora da janela e grita para ele “Boa Sorte”, enquanto o Pacey entra pelo portão principal da Universidade.

Finalmente a aula sobre cinema começa no High School. Dawson escolheu o seu diretor de cinema preferido para falar sobre o assunto.
Dawson: - O Spielberg é um dos ícones do cinema nacional. Seus filmes remetem geralmente a um mundo onde o sobrenatural é comum. Mas há também muito drama e aventura. Quem pode me dizer alguns títulos de filmes do diretor? – Susan levanta a mão – Sim, Susan?
Susan: - Meu preferido é Tubarão, mas também sou alucinada por E.T.
D: - O-oh... muito bem, Susan. Boas escolhas. Bom, turma hoje nós vamos poder analisar o perfil do Spielberg através de um de seus filmes mais recentes, Inteligência Artificial. O filme carrega a alma de seu diretor.
S (interrompendo-o): - Apesar de ser um projeto do Kubrick.
D: - Isso mesmo Susan.

Algum tempo depois, já no fim da manhã, chega a hora do intervalo de almoço e Dawson libera a turma. Após todos os alunos terem saído da sala ele desmonta o aparato de vídeo. Susan aparece na porta da sala e faz barulho limpando a garganta, chamando atenção ao seu professor.
Dawson: - Susan?
Ela entra e caminha sinuosamente até ele. Separados por apenas alguns centímetros ela finalmente fala.
Susan: - Fiquei com uma dúvida.
D: - Pode falar.
S: - Você não vai almoçar?
D: - É essa sua dúvida?
S: - Oh, não Dawson! Não seja indelicado.
D: - Perdão, mas o que você queria me perguntar?
S: - Posso almoçar com você?
D (meio fazendo careta, meio rindo): - Não seria mais adequado você fazer companhia aos seus amigos, Susan?
S: - Não acho! Vamos lá, Dawson! Eu não vou comer você. Apesar de ser muito fã do The Creek e...
D (entusiasmado): - Você gosta da minha série?
S: - Claro! Você acha que vim para esse curso por qual motivo? – puxou-o pelo braço e saíram da sala, só deu tempo dele se inclinar e pegar sua maleta.

Numa casa à beira mar em Capeside um celular toca.
Tâmara: - Alô?
Doug: - Tamara Jacobs?
T: - Sim, é ela.
D: - Olá Tamara, aqui é o Doug Witter.
T: - Bom dia, Doug. Tudo bem?
D: - Tudo ótimo!
T: - Algum problema com o Pacey?
D: - Tudo perfeito com o meu irmãozinho.
T: - Hmm...
Alguns segundos de silêncio.
D: - Então, eu liguei para perguntar como andam as coisas, se está precisando de ajuda com a mudança.
T: - Que gentileza da sua parte, Doug. Mas já está tudo sob controle.
D: - Ok, eu só telefonei para isso mesmo. Qualquer dia, nós podemos sair para jantar... em casais, claro! Eu e o Jack. Você e seu marido.
T: - Ah, o Ben iria adorar. Até logo, querido. E obrigada.
D: - Até, tenha um bom dia. – desliga o telefone. Faz uma careta pressionando a mão em punho fechado no rosto. – Onde é que eu estou com a cabeça?

No portão da frente da Universidade Andie espera encostada no carro. Pacey aparece e caminha até ela de cabeça baixa, olhando para o chão. Andie olha apreensiva.
Andie (enrugando a testa): - Oh, Pacey... e aí, como foi?
Pacey (teatralmente faz cara de perdedor): - McPhee... – olha em seus olhos melancolicamente por alguns segundos. Num impulso rápido a segura nos braços e a rodopiar no ar. – Eu me dei muito bem! Nunca fiz uma prova tão fácil na vida!
A (finalmente parada e de volta ao chão): - Paceeeeey! – sorrindo – Isso é muito bom! Eu sabia que você faria uma boa prova!
P: - É, agora é esperar o resultado.
A: - Nem vem com o pessimismo, hein!
P: - Ok, ok! Precisamos comemorar. Vamos almoçar no Ice por minha conta.
A: - Ah, claro. Como se você precisasse pagar alguma coisa lá! – rindo.

No refeitório da High School, Dawson divide uma mesa com a curiosa Susan.
Susan: - Acho aquele Richard um babaca. Como você pôde deixá-lo guiar a sua série? Achei um absurdo você abandoná-la.
Dawson (sorrindo): - Você realmente está por dentro do assunto, não?
S: - É óbvio que estou. Esqueceu o que eu disse? Sou sua fã. Porque se a série é mesmo autobiográfica, você é o homem mais sexy que essa cidadezinha já teve.
D (faz uma cara de surpreso): - Eu? Sexy? Você tem certeza que está falando do mesmo seriado que eu?
S: - Ai, Dawson, não seja tão modesto. Diga-me porque a audiência do The Creek está tão baixa? Depois que você saiu a magia acabou. E quem quiser que morra pelo Petey, pois de palhaço o mundo já está cheio. Mas eu prefiro os que fazem o tipo Edward Cullen.
D: - Você está me comparando com o vampiro da Meyer?
Susan sorri um sorriso daqueles em que os olhos falam. E o que os olhos dela falaram não restringiu nem um pouco sua libido. Dawson sentiu-se incomodado, mas continuou olhando fixamente para a garota. Ela aproximou sua boca ao ouvido dele e sem tirar seus olhos dos dele, falou algo com uma voz ninfomaníaca.
S: - Você conseguiria evitar o desejo que sente nesse momento de me morder?
Dawson a encarou severamente, mas não conseguiu esconder o leve desequilíbrio que sentia com a garota tão próxima dele. Fechou os olhos, respirou fundo e retirou-se da mesa tão rápido quanto pôde. Susan não se moveu nem um centímetro e observou a retirada dele com um sorriso de anjo.

Dawson encontrou o Jack no corredor e parou para falar com ele.
Jack: - Você não vai acreditar, mas olhei a ficha da sua aluna bonitona. A garota é prima da Abby.
Dawson: - Então está explicado. A garota é... é... indescritível.
J: - Cara, você está pálido. O que aconteceu?
D: - Essa Morgan! – apontando na direção do refeitório.
Dawson passa as mãos no cabelo e os amarra com um elástico velho. Enxuga o suor da testa e voltando a si, se despede do Jack e volta à sala de aula para preparar o restante das atividades. Mas não se deu conta quando Susan entrou e, silenciosamente, fechou a porta, passando as chaves para trancá-la. A garota avançou em cima dele de modo que o fez cair sentado sobre a mesa de professor. Ela se aproximou e prontamente segurou a gola da camisa do Dawson com uma das mãos, enquanto usava a outra para separar ainda mais os joelhos dele. De pé, de frente para ele, ela abriu a camisa de botão dele num só rasgão. Os botões voaram. Segurando novamente a gola da camisa, agora com as duas mãos, ela puxa-o para sua direção. Olha em seus olhos e o beija com vontade. Dawson segura os braços da garota e a empurra para longe.
Dawson: - Você é louca?! – zangado, assustado, mas atraído.
Susan: - E você também pode ser... – Ela caminha até ele novamente, com seu andar de gata. Solta seu cabelo ruivo, que estava preso até então, imitando alguma propaganda de xampu. Pega as mãos do Dawson e as coloca ao redor de si mesma. Em seguida, envolve o pescoço dele em seus braços e pousa o seu pescoço sobre a boca do jovem transtornado de desejo. Dawson se concentra e não se move.
Susan: - Vamos, me morda! – espera um breve tempo e continua com avidez - Me beije, seu covarde! – olhando para ele e mexendo seus cílios hipnotizastes.
Dawson vê os lábios dela tão próximos dos seus. A boca da garota, aquele olhar, era irresistível, mas ele não poderia se deixar levar por aquele estúpido desejo. Pensou no seu amor pela Andie para ter força e se livrar da Susan. Porém antes que pudesse sair dali, a garota o arrematou. O beijo foi profundo e ardente. Susan não poderia ser uma mera adolescente. Uma garotinha não envolve um homem daquela maneira. E ele não conseguia larga-la. Sentia a força de suas mãos apertarem o corpo daquela ‘deusa dos infernos’.

De dentro do bolso da sua calça, o celular começa a tocar. Após muitas e insistentes chamadas, Dawson se recupera do ecstasy, larga a Susan e atende ao telefone.
Dawson: - Joey!
Joey: - Dawson?

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