terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Episódio 703: De volta pra casa (natal em Capeside)


Semanas se passaram desde o aniversário do Dawson. É mês de dezembro e todos estão se preparando para o natal. Dawson está em seu quarto, em LA, fazendo a mala para passar o feriado em Capeside. Enquanto isso Sam beija o Petey na TV. Dawson olha para a tela, procura o controle remoto e desliga o aparelho rapidamente. Pensa em voz alta: “Bastou eu sair para eles aprontarem comigo”. Assim que ele termina de falar escuta um grito vindo do banheiro.
Joey: - Daaaaawson, não desliiiisga! Eu estou assistiiiindo!
Dawson sorri e liga a TV. Minutos depois Joey aparece com os cabelos molhados, coberta em um roupão florido.
Joey: - Quem deu ordens para você desligar a TV, Dawson Leery?
Dawson sorri novamente do modo de agir da amiga.
Dawson: - Desculpa, Jo. É que o Richard anda me sacaneando.
Joey: - O que ele fez? É essa nova temporada não é? Também a achei esquisita! Mas o desejo de acompanha-la é maior do que qualquer coisa! – Largo sorriso – Me conta, o que eu perdi enquanto tava no banho?
Dawson: - Nada demais.
J: - Ah é? Nada demais? Ok, Dawson... teremos que ver a reprise!

Abertura de Dawson’s Creek – 7ª temporada. Música: I don’t want to wait.

Dia seguinte num super mercado em Capeside. Andie está no corredor de brinquedos.
Andie: - Jack, não consigo me decidir! Você acha que a Amy vai gostar mais desse joguinho ou desse outro?
Jack (olhando para os brinquedos que a irmã está mostrando): - Andie, a Amy só tem dois anos! Não sabe brincar com isso ainda!
A: - Mas ela precisa aprender! Esses joguinhos são muito bons para estimular as crianças a desenvolverem a cognição.
J: - Você fez medicina ou psicologia infantil? – sorriso debochado – Leva esse livrinho de borracha, ela vai adorar leva-lo ao banho!
A: - Ok, Jack! – fala com birra
Os dois caminham até o próximo corredor onde encontram Pacey com o carrinho de compras. Olham para o carrinho, trocam um olhar de censura, olham para o Pacey.
Pacey: - Que foi? O que fiz de errado agora?
Andie: - A gente te deixa um minuto sozinho e você enche o carro de guloseimas!
Jack: - Arroz, Pacey. Eu pedi para você pegar arroz, cara!
P: - Mas eu peguei, olha ele aqui. – procurando no carrinho, percebendo que não pegou o arroz – Eu pego rapidinho...
J: - Não precisa, a gente passa por lá no final.
P: - É você quem manda cunhadinho! – pega uma lata de refrigerante e tenta abrir
A: - Não acredito que você vai fazer isso.
P: - Isso o que? – bebendo o refrigerante
A: - Isso. – aponta para a latinha enquanto ele dá mais um gole
P: - Não esquenta, McPhee. Eu pago depois!
A: - Seu vândalo!
Pacey olha para o Jack. Os dois sorriem.
P: - Relaxa, Andie... relaxa! – puxa a garota pelo ombro dela e a abraça
No avião, a caminho de Capeside. Joey está com o olhar fixo a algum tempo. Dawson percebe seu nervosismo. Ele força um sorriso e fala.
Dawson: - Calma, Jo. Vai dar tudo certo!
Joey: - Eu não estou nervosa, Dawson.
D (sorrindo): - Certo, então descansa um pouco.
J: - Ele vai estar lá e eu não sei nem o que falar para ele. Ele deve estar muito chateado comigo. Afinal todo esse tempo separados... eu já cansei de pedir que ele volte, mas... ele... – olha para o amigo – DESCULPA, DAWSON!
Dawson apenas sorri.
J: - Você tem razão, eu estou muito tensa. Ter passado essas semanas em LA com você me tranqüilizou bastante. Ajudou-me a enfrentar meu chefe na editora e pedir minha demissão. Ajudou-me a pensar no que realmente quero para minha vida. Esse novo curso está me revigorando.
D: - Eu sempre soube que você tinha se bandeado para o lado errado.
J: - É, Boston foi bom para mim, mas Belas Artes sempre foi o que eu quis.
D: - Só precisava de um incentivo maior...
J: - E logo você que achava tudo uma tolice.
D: - Águas passadas, Joey – sorri – hoje dou muito valor. Seus desenhos são perfeitos.
J: - Obrigada, Dawson – olha para ele e sorri timidamente.
D: - Tente dormir um pouco – apaga a luz do lado em que a Joey está sentada – Estamos indo de volta para casa.

Em Capeside Andie, Jack e Pacey chegam ao apartamento com as compras. Doug e Amy estão na sala brincando no chão. Amy se anima com a chegada do pequeno grupo e corre até eles cambaleando com suas perninhas de dois anos de idade. Jack se abaixa e abre os braços para a afilhada, mas ela desvia dele e agarra as pernas da Andie.
Amy: - Pheephee...
Andie (a põe no colo): - Meu bem! Sabe o que a tia trouxe para você? Um livrinho lindo! Venha ver... – sai a procura do presente, com a menina nos braços.
Jack (desapontado): - O que ela fez com a minha filha? Fui totalmente ignorado!
Doug (rindo): - Ah, querido... nossa filha agora só tem olhos para a tia ‘Pheephee’ – olha para o Pacey – Não é, maninho?
Pacey (aponta para si mesmo): - Eu? O que tenho a ver com isso? A garota é esperta, tem o senso de humor da mãe dela. Ela gosta das minhas piadas!
D: - Você praticamente forçou a Amy a aprender a chamar a Andie de McPhee. Só porque sabe que ela não gosta!
P: - Quem? A Andie? Ela ama ser chamada assim. Aquilo lá é só pose! Conheço aquele jeito dela.
J: - É, mas vamos deixar esse assunto de lado, pois temos muito que fazer para a festa de hoje. Preciso ir buscar a vó no aeroporto daqui a uma hora. Pacey você prepara a comida ou vem comigo?
D: - Ele prepara a comida e eu vou com você!
Pacey vai para a cozinha um pouco a contragosto, enquanto Jack e Doug resolvem os outros preparativos.

Joey chega a porta da B&B Potter’s. Olha tudo em volta. Respira fundo e dá um sorriso. Sente-se em casa. Abre a porta e é recebida com um abraço do pai. Logo em seguida a Bessie chega a sala e a recebe com um largo sorriso.
Mike: - Sentimos muito a sua falta, meu amor.
Bessie: - Essa ingrata não tem coragem de fazer uma visita sequer!
Joey: - Mas agora cheguei, não é? E desejo que meus dias aqui durem bastante, mesmo que sejam apenas dois. – abraça a irmã e o pai ao mesmo tempo – Ah, mas onde está o meu pestinha preferido?
B: - Não chame meu filho assim! Adivinha só onde ele está?
J: - Na Gale, claro!
Todos caem na gargalhada.

Enquanto isso, no antigo quarto do Dawson:
Lily (gritando): - Alex, não se esconda! Eu vou te achar! Deixa de ser medroso, garoto! – passam alguns segundos – Ok, eu não vou mais filmar você. Tou desligando a câmera. APAREÇA!
Alexander abre a porta do armário e sai de lá assustado. Procura a câmera com o olhar e ao verificar que está desligada tira a máscara de monstro do rosto.
Alex: - Lily, pare com isso. Ou então vou embora e nunca mais falo com você!
L: - Você é um molenga! Como pode ter medo de uma simples câmera digital?
A: - Não tenho medo dessa coisa!
L: - Ah, tem não? Quero ver só – e pega a câmera novamente e foca no amiguinho, que estava de costa para ela, olhando o jardim pela janela – Alex, olha isso!
A (olha para trás e se surpreende com a câmera): - NÃO! PARA! SAI Lily... – sai pela janela, desce a escada velha que voltou a ser usada há alguns anos e vai correndo para casa.
L (grita pela janela): ALEX, VOCÊ É UM BOBÃO!
Dawson abre a porta do quarto.
Dawson: - Ei...
Lily: - Daaaawson – corre e abraça-o
D: - Tava gritando na janela com quem?
L: - Ah, era o Alex, aquele medroso!
D (sorrindo): - Medroso, por quê?
L (ainda segurando a pequena câmera): - Ele tem medo disso – a mostra para o irmão
D: - Olha só! Desde quando tenho uma irmã cineasta?
L (responde com orgulho): - Desde sempre!
Ele sorri e continua:
D: - Mas se o Alex não quer que você o filme, não seja cruel com ele. Arrume outro ator.
L: - Não dá! Ele é o único que consegue fazer aquelas caretas engraçadas!
D (lembra da Joey): - Entendi. – começa a rir e é acompanhado da irmã, que começa a imitar as caretas do Alex que são idênticas as da Joey.

Aos poucos os convidados começam a chegar à casa do Dawson. Os primeiros são: Jack e Doug com a vó, Pacey e Andie com a Amy. Depois a Bessie, o Mike, a Joey e o Alexander. Harry, Gale, Lily e Dawson haviam preparado a casa. A mesa estava posta e repleta de comida! Tocava uma música natalina. A lenha queimava na lareira. Gale convidou as crianças para montarem a árvore de natal. Andie foi administrar a criançada. Mike bebia algo no sofá com o Harry. A vó fazia alguma coisa na cozinha. Jack e Doug conversavam ali por perto. Joey se dirigiu a varanda. Lá encontrou o Pacey.
Joey: - Oi
Pacey (olha para ela): - Oi
J: - Andei te procurando por toda casa. Finalmente...
P: - finalmente você veio me contar alguma coisa?
J: - Do que você está falando?
P (sorriso sarcástico): - O que você tem feito em LA? Quando pôs o apartamento de Nova Iorque para alugar? Alguma coisa do tipo.
J: - Pacey, não seja injusto!
P: - Injusto? Eu? Joey, quem foi morar com o Dawson? Quem largou o empregou e nem me contou?
J: - Pacey, escute... eu sei que errei em não ter te contado sobre o apartamento, sobre meu pedido de demissão e sobre estar PASSANDO UNS DIAS na casa do Dawson. Mas antes disso tudo eu te pedi apoio. Pedi para que voltasse para casa. Mas foi VOCÊ quem preferiu ficar aqui em Capeside. – anda até a cadeira em que ele está, senta ao lado dele – Você não faz idéia das coisas que andei pensando. E quando você se negou a voltar para casa naquela noite eu me senti completamente abandonada. Você foi embora naquele carro e me deixou sozinha. O Dawson me acolheu. Ele me deu o apoio que precisava naquela hora. E tanta coisa mudou. Sinto que eu mudei também.
P: - Sinto muito por não ser quem você gostaria que eu fosse! – levanta-se e entra na casa.

Dawson desce as escadas no momento em que o Pacey entra. Ele percebe que o amigo está tenso. E antes que Pacey passe por ele, fala:
Dawson: - Algum problema?
Pacey: - O de sempre, Dawson! – e continua seu caminho até um canto da sala em que estão a árvore de natal, Andie e as crianças.
Dawson se dirige ao terraço, encontra a Joey chorando.
D: - O que aconteceu?
J: - Não agüento mais, Dawson. O nosso amor está a cada dia diminuindo. Um sempre magoando o outro. Isso está desgastando a gente. Eu sei que o Pacey me ama, mas no fundo ele não me entende. E por mais que eu tente fazer o certo, acabo magoando-o. Eu sei que a culpa é minha. Tornei-me uma mulher bem resolvida, mas meu lado adolescente voltou a me assombrar nesse último ano. E logo agora que me encontrei profissionalmente... Logo agora que... Bem, o Pacey não pode me largar de vez justamente agora! – põe as mãos nos olhos e começa a chorar.
D: - Joey! – chega mais perto dela a abraça – O que foi?
J: - Nada, Dawson... NADA! – se levanta e entra na casa.
D (se levanta): - Joey!
Mas ela não volta.

Lá dentro Andie se aproxima de Pacey, que está abatido. Ela o olha nos olhos. Sorri, mas ele não sorri de volta. Então ela percebe que a Joey entrou na casa. Pacey também a ver entrar. Joey os olha, então recua e sobe as escadas correndo.
Andie: - Você não vai atrás dela?
Pacey: - Ela não precisa de mim!
A (sorri, olha pro lado, e volta a olhá-lo): - Pacey, você é a pessoa que a Joey mais precisa agora.
P: - Como é que você sabe?
A: - Esqueceu dos seus poderes de super herói? Bom, eu ainda lembro bem deles.
P: - Só você vê essas coisas em mim.
A: - Não, Pacey! Tenho certeza que a Joey também viu isso em você. E é por esse super herói que ela está esperando. Vai lá atrás dela. Salve o dia da mocinha dessa história.
P (sorri): - Você é quem deveria ser. A mocinha. Dessa história.
Andie olha para o chão timidamente, recebe um beijo na testa e logo em seguida vê o amigo correr pelas escadas.

Pacey encontra a Joey chorando no quarto da Lily. Ela está de pé, de frente para o armário, prestes a abri-lo. Mas ela o vê chegando, caminha quase num pulo e o abraça. Pacey retribui o abraço, e alisa o cabelo da Joey tentando consola-la.
Lá embaixo, do lado de fora da casa, Andie está sentada na doca. Jogando pedrinhas na fina camada de gelo que cobre o riacho. Dawson a observa de longe e vem andando até ela.
Dawson: - O que você está fazendo aqui fora? Quer congelar?
Andie: - Você sabe que tenho tendência a loucura, dessa forma meu comportamento é totalmente cabível. – olha para ele e sorri – Senta aqui, não está tão frio assim.
D (sentando): - Confesso que gosto do seu lado mais excêntrico. É motivador.
A: - Vou encarar isso como um elogio, só porque foi vindo de você, filho ‘adotivo do Spielberg’! Não é assim que te chamam nas revistas?
D: - Ah, é... Mas foi um elogio sim, Andie. Sempre observei seu modo de agir: Na época em que namorou o Pacey; depois que voltou da clínica; e principalmente, no verão em que eles - aponta com a cabeça para a casa - foram velejar.
A (joga uma outra pedra no riacho com mais força): - E qual o seu diagnóstico?
D: - Você se deu bem, Andie. Você foi a primeira a ir buscar seus ideais e hoje é uma médica bem sucedida. Sempre percebi que você tem um impulso maior que todos daqui. Você é decidida. É forte. É amável e amiga. E, além de tudo isso, é uma linda mulher.
A (muito tímida): - Dawson, você conseguiu me constranger!
Dawson sorri. Ela olha para ele. Ele está olhando para casa.
A: - Mesmo assim... ele preferiu a Joey.
D: - Não o culpo.
A (sorri com ironia): - E ela? Escolheu o cara certo?
Dawson a olha, sorri e pega uma pedrinha de suas mãos. Joga-a no rio.
D: - Talvez.
A: - Engraçado isso: você ama a Joey, que ama o Pacey, que não me ama mais.
D: - É, Andie! E você? Não o ama mais?
A: - Talvez.
Dawson levanta, estende a mão para Andie, sorrindo, num convite a levantá-la.
D: - Vamos voltar lá e reconquistar o que perdemos?
A (dá a mão a ele, levanta-se e sorri): - Não, Dawson. Vamos entrar lá para VIVENCIAR uma nova história.
D (sorri): - Gostei disso! - atravessando a doca com a amiga do lado – A propósito, FELIZ NATAL, Andie!
A: - Feliz Natal, Dawson!
E entram na casa onde encontram todos juntos na sala de jantar entre sorrisos e gritos de criança, música natalina e taças de champanhe.

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