terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Episódio 706: A nova Cinderela?


É sexta-feira à noite. Nada de filmes, muitos menos de festas em LA. Dawson está sozinho em seu quarto na Califórnia. Deitado em sua cama, com o pensamento muito longe dali. Em sua mente a cena se repete. Ele vê o rosto da Andie, pouco tempo antes daquele beijo. Incrível como os olhos dela brilhavam de uma maneira que, talvez o tenha ofuscado a visão, pois a sensação era de inquietude. Um sentimento fortuito. Arrebatador. Aqueles dois olhos angelicais o havia envolvido completamente. Tudo em milésimos de segundos. E teve também aquela tremedeira. Talvez por ele ter se sustentado com os braços apoiados no chão. O peso do corpo dele somado à força que as mãos dela faziam em seu ombro assim que caiu da janela. Ele suspirou. Estava com seu coração acelerado. Sentou-se na cama. Respirou profundamente. Apertou o rosto com as mãos. Pensou em voz alta.
Dawson: - Andie McPhee, o que você fez comigo?

Abertura de Dawson’s Creek – 7ª temporada. Música: I don’t want to wait.

Em Capeside, no prédio do Doug. Andie e Pacey transportam suas malas e objetos pessoais do apartamento do Doug para o apartamento da frente.
Andie (aflita): - Segura essa caixa direito, Pacey!
Pacey quase derruba a caixa que está cheia de copos de vidro. Ele sorri e atravessa o corredor que separa os dois apartamentos.
A: - Tomara que essa idéia de dividir o apartamento com você dê certo. Acho que já estou arrependida!
Pacey, suado, olha para ela com uma expressão vazia. Andie sorri como quem se desculpa da brincadeira sem graça. Os dois entram na sala do novo apartamento.
A: - Precisamos de um sofá, uma TV. Ai meu Deus! Precisamos também de uma máquina de lavar roupa, de uma geladeira... DE TUDO, Pacey.
Pacey continua calado descarregando os pacotes.
A: - Vamos ter que providenciar isso ainda nesse final de semana. Lembre-se que começo a trabalhar na segunda-feira.
Só agora é que parece que o Pacey vai falar alguma coisa. Mas ele apenas dá um assovio. E da porta de entrada do apartamento começam a entrar homens. Cada qual carregando um eletrodoméstico diferente. Alguns em dupla para trazer os mais pesados. Andie se surpreende e de boca aberta olha para Pacey espantada.
A: - C-como?
Pacey (zombando): - Eu tinha sabe... Guardado... Por aí!

Em LA. Joey está na cozinha do Dawson. Preparando mais um lanche. Já é a quarta vez que ela faz sua mistura de cereais com leite e outras coisas de aparência nem um pouco convidativa.
Dawson está na mesa da sala de jantar digitando algo no seu computador portátil.
Joey (grita da cozinha): - DAWSON, VOCÊ VAI QUERER UM POUCO DO MEU LANCHE?
Dawson (sorrindo): - Se for aquela gosma do “Exorcista” novamente eu prefiro recusar.
Joey chega a sala com sua tigela e faz cara de criança levada.
J: - Você não sabe o que está perdendo.
D (olhando para o conteúdo da tigela): - Ah, mas eu posso imaginar!
J (faz careta e pergunta): - O que você está fazendo?
D: - Tentando desenhar cada tomada do filme.
J: - Posso dar uma olhada?
D (sorri e mostra a tela do computador): - Claro!
J: - Que horror, Dawson! Definitivamente a artista aqui sou eu.
D: - Ah! Então você acha que pode fazer melhor?
J: - É óbvio, Dawson!

Na casa dos Leery em Capeside. Lily desce as escadas correndo.
Lily: - Mãeeee... Harryyyy... Estou chegando aí na sala, hein! É bom parar com os beijos!
Gale e Harry se levantam do sofá e se recompõem a tempo da garota não flagra-los.
Gale: - Oi filhota!
L: - Bom dia mãe! Bom dia Harry!
Harry: - Bom dia Lily.
L: - Eu sei o que vocês estavam fazendo.
G: - Querida!
L: - Não se preocupe mãe. Isso não me influenciará negativamente.
Gale olha para o Harry surpresa com a astúcia da filha e sorri para ele sem graça.
L (continua): - É mãe, eu entendo muito de romances e beijos!
G: - MENINA!
L: - Calma mãe! Eu não beijo ainda, ok?! Mas eu sou um ótimo cupido, sabia? – sorrindo satisfeita.
G: - Ah! É?
L: - SIM. Isso mesmo! Pergunte para o Dawson.
G: - O que o seu irmão tem a ver com isso?
L (gargalhando): - Eu arranjei uma namorada para ele.
G (brincando): - E eu posso saber quem foi a garota sortuda?
L: - A Andie... – e vai correndo para a varanda.
Gale fica curiosa com a novidade e ao mesmo tempo espantada com o comportamento da filha.
H: - Vamos ligar para o Dawson?! – fala empolgado.
Gale corre até a mesinha e pega o telefone, disca o número do filho rapidamente. Em LA Joey atende.
J: - Olá Gale! O Dawson? Está aqui, vou passar para ele.
Dawson pega o telefone. Joey continua ao lado dele prestando atenção.
Dawson: - Oi mãe! O que? – olha para Joey desconfiado. Então vai andando para o quarto para poder falar secretamente com a mãe.
D: - Mãe...
G: - Fala logo! Está namorando a Andie ou não está?
D: - Não! Eu não estou namorando a Andie!
G: - Então sua irmã criou essa história?
D: - Não é bem assim... Quer dizer... Mãe, por favor podemos conversar depois? Preciso trabalhar, ok?!
Desliga o telefone. Volta para a sala onde encontra a Joey de cara feia.
J: - O que você foi falar com a Gale que eu não pedia escutar?
D: - Nada, Jo! Preciso sair. Você se incomoda em ficar sozinha por umas horas? – sorri um pouco secamente.
J (triste/brava): - Não. Pode ir. Estou grávida e não sem o braço.

Andie está arrumando suas roupas na cômoda do seu novo quarto. Prende o cabelo que está um pouco mais longo do que o de costume. Sente a franja incomodar no rosto, então procura sua fivela preferida. A fivela cor de rosa com um pequeno e um tanto brega laço de plástico. Então ela lembra que estava usando naquele dia. Andie se olha no espelho sob a cômoda. Em sua memória vem toda aquela confusão. Sente seu coração bater um pouco mais veloz. Senta na cama, que está logo atrás dela. Apóia o queixo na mão e o cotovelo na coxa.
Andie pensa: “Por que ele me beijou?”; “Por que eu fui tão idiota e saí correndo logo em seguida?”; “Quanta covardia!”.
Pacey entrou no quarto. Ela dá um pequeno pulo.
Pacey (sorrindo): - Te assustei, McPhee?
Andie (séria): - Não Pacey!
P (finge acreditar): - Ok! Então, eu estou morrendo de fome, quer ir ao Ice comer de graça?
A: - Hum... Não. Estou sem fome. Mas obrigada, Pace. – força um pequeno sorriso
P: - Você quem sabe. Eu te trago alguma coisa.
Assim que Pacey sai da porta ela levanta. Vai até a janela. Avista o riacho que brilha a poucos quilômetros dali. Sorri e balança a cabeça negativamente.

Dawson caminha pela livraria do shopping. Está olhando alguns DVDS. Uma pequena garota está falando com o pai. A garotinha lembrou graciosamente alguém. Aquele cabelo louro e longo. Aquele olhar piedoso. Na prateleira de DVDs infantil a garota chorominga para o pai. Ela insiste em levar o DVD da Cinderela, sua princesa preferida. O pai tenta convencer a menina a desistir.
Pai: - Filha, essa Cinderela é uma garota muito boba. Lembra? Ela sempre perde o sapatinho.
Garotinha: - Mas o príncipe sempre a devolve e eles ficam juntos.
Dawson coloca a mão no bolso e de lá retira aquela pequena fivela rosa. Ele apanhou do chão naquele dia. Assim que a Andie foi embora correndo, ele levantou-se e viu o objeto caído. Pegou para guarda como prova de que aquele dia havia existido de verdade. Dawson analisa a fivela mais uma vez. Sorri com o fato de achar a fivela tão feia, mas de não ter vontade alguma de largá-la. Ele suspira. Pensou: “Do que a Andie é feita? Parece um ser encantado!”

Pacey está no Ice House. Já é noite. Atende o telefone e é a Joey.
Pacey: - Ei, mamãe!
Joey: - Oi, meu amor.
P: - Como você está?
J: - Eternamente com fome.
P (sorrindo): - O Dawson não está te alimentando, mulher?
J (bicuda): - Dawson está estranho essa semana. Parece sempre ausente.
P: - Hum, e você? Sente-se mal por isso? - levemente enciumado
J: - Bom, não como você está imaginando.
P: - Eu não imaginei nada, Joey. - meio bravo
J: - Ah! Claro, Pacey! - irônica - Até parece que não conheço esse seu tom de voz!
P: - Olha só, Joey. Eu estou bastante ocupado no momento para me aborrecer com você. O restaurante está cheio, preciso desligar! Por favor, alimente meu filho. Te ligo mais tarde.
J: - PACEY...
Ele desligou. Joey sentiu-se a mulher mais sozinha de LA naquele momento. Aquele clima tenso entre ela e Pacey não havia acabado, mesmo com a gravidez. Ela olhou para a barriga e acariciou-a. Fez mais um bico e um olhar triste apareceu no seu rosto. Dawson abre a porta de casa nesse momento.
Dawson: - Algum problema, Jo?
J (mentindo): - Não, Dawson. Exceto pela fome.
D: - Você desvia os olhos sempre que mente, Joey. Me conta...
J (sorriso triste): - O Pacey e eu... Tivemos uma pequena discussão. Mais uma.
Dawson aperta os lábios, mas não fala nada. Joey olha para ele tristemente, coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha e pressiona a boca pra um lado.
D: - Bom, eu trouxe nossa janta! Pizza! – tentando mudar de assunto
J: - Oh! Tudo que eu mais quero agora! – bate palmas
D: - Você põe a mesa?
J (acena com a cabeça que sim): - Onde você vai?
D: - Só tomar um banho. Não demoro, Jo! – sorri
Dawson segue o corredor e chega ao seu quarto. Entra e fecha a porta. Pega seu celular. Liga para a Gale. Fala baixinho para a mãe o que aconteceu no final de semana passado entre ele e a Andie.
Gale: - O que você pensa disso tudo, querido?
Dawson: - Mãe, sinceramente... Acho que estou apaixonado pela Andie.

Depois do banho Dawson chega à sala e encontra a Joey sentada com a mesa posta. Senta de frente a ela e então começam a repartir a pizza. Dawson percebe a expressão carrancuda da Joey e sorri.
D: - O que foi, Jo? Ainda brava com o Pacey?
Joey faz uma careta e não responde. Encara-o. Dawson franze a testa sem entender o que se passa com a amiga.
D: - A pizza está ruim?
Joey continua calada. Seu olhar quer fuzilar o Dawson. Ele desiste de entender e termina de jantar em silêncio. Só se pronuncia no final, quando levanta para levar seu prato sujo para a cozinha.
D: - Joey, aconteceu uma coisa.
Joey levanta a cabeça rapidamente e olha para ele.
D: - Bem, não sei como te falar isso. É estranho. Parece errado. Mas não consigo não te contar as coisas.
J (fala baixinho): - Eu já sei, Dawson. Escutei você falando com sua mãe. Desculpe-me, foi sem intenção.
D (surpreso/constrangido): - Oh! Não precisa se desculpar... Só não sabia como te contar. Se era certo, se era o momento certo, sabe...
J (cabisbaixa): - Sei Dawson. – levanta e caminha ao corredor.
D: - Onde você vai?
J: - Vou deitar, não me sinto bem. Depois nos falamos, Dawson. – força um sorriso

Dia seguinte em Capeside. A manhã está ensolarada. Andie desperta. Vai a sua cozinha. Prepara um café. Pacey dorme no outro quarto. A sala ainda está um pouco bagunçada.
Andie se espreguiça e sorri. Coloca um pouco de café na sua xícara colorida e senta no sofá. Nem um minuto se passou quando a campainha toca. Ela, ainda de pijama folgado, abre a porta. É o porteiro do prédio.
Porteiro: - Bom dia, senhorita McPhee. Desculpa incomodar tão cedo no domingo. Mas ontem a noite chegou uma correspondência dessas urgentes para a senhorita. Então vim entregar antes de ir embora. O porteiro do turno da manhã é meio atrapalhado, sabe. Aqui está! – entrega uma caixinha.
Andie: - Ah! Não se preocupe, Jonh. Obrigada e tenha uma boa folga. – sorri
Ela fecha a porta com um dos pés já que suas mãos estão ocupadas com a caixa e a xícara. Senta no sofá. Repousa a xícara na mesinha. Balança a caixa para tentar adivinhar o conteúdo da mesma. Então a abre. Andie dá um largo sorriso. É sua fivela e um cartão. Prende a franja de um modo familiar com a fivela. Então ela abre o cartão.

“Andie,

‘A única linguagem verdadeira do mundo é o beijo.’ (Alfred Musset)

Se me permite ser sincero, pensei em você mais do que deveria. Senti sua falta e a fivela me consolou durante essa semana.

Dawson Leery.”

Um comentário:

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